50-O Bem dos Outros

* Referência: Capítulos do Livro Justiça Divina – Chico Xavier/Emmanuel (FEB).
Objetivo: estudo de questões do livro O Céu e o Inferno (CI) de Allan Kardec.
Roteiro: Meditação – Leitura da Questão – Curiosidades.
(Meditação sobre o capítulo 50-Bem que nos falta)
Reunião pública de 14-8-61
CI – 1a Parte – Cap. VII – Item 3 – inciso 4.

OLYMPUS DIGITAL CAMERANo estudo da perfeição, comecemos por vigiar a nós mesmos, corrigindo-nos em tudo aquilo que nos desagrada nos semelhantes.
– convida-nos Emmanuel.

Diz Jesus em meio ao Sermão da Montanha (Mt 5:48):
Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial.

50-PerfeicaoCom boa vontade, começamos nossa caminhada rumo à perfeição anotando as falhas que observamos nos outros:

1. O servidor público que desperdiça e faz mal uso do cofre público …
2. O dirigente que tiraniza e que pouco se importa com opiniões alheias …
3. Os poderes políticos e financeiros que patrocinam guerra e morte …
4. O sistema penitenciário desumano, verdadeira fábrica de marginais …
5. A falta de políticas para infância e terceira idade, onde tantos são abandonados …
6. O egoísmo de tantos letrados, que não se importam em educar e dividir …
7. A falta de solidariedade dos abastados pela vida …
8. A falta de bondade e benevolência que campeia nas relações sociais ..
9. (E por aí vamos seguindo, apontando nosso dedo para as muitas falhas) …

Até que soa a hora onde nós, trabalhadores sinceros, despertamos para os muitos dedos apontados para nossa própria conduta particular:

50-Falhas1. O MEU desperdício e mal uso, que tanto faria diferença na mesa de quem nada tem.

2. A MINHA tirania com os filhos, com o cônjuge e dependentes, achando que tudo sei, que tudo deve ser do meu jeito, que sei o que é melhor na vida de todos e que todos devem baixar a cabeça enquanto estiverem sob meu teto.


3. A MINHA agressividade, berrando verdades, disputando ter sempre a razão, sem paciência para ouvir os outros e com grande dificuldade de dizer “Errei, me desculpa!

4. A MINHA ingratidão perante quem colabora comigo, achando que todos fazem nada mais do que o mero dever; que dizer “Obrigado! Ficou bom!” é desnecessário.

5. 5. A MINHA indiferença com a criança de rua e o pedinte maltrapilho, que são tantos, sempre sujos e querendo dinheiro e que, se não posso ajudar todos, nada faço.

6. O MEU egoísmo perante tudo que estudei e aprendi e que não divido com NINGUÉM, servindo apenas para me prover financeiramente e, vez por outra, aconselhar quem me pedir.

50-Soprando7. A MINHA omissão perante a fome e o sofrimento de tantos, usando todo o tempo e recurso que me foi concedido por Deus apenas para minhas alegrias passageiras.

8. A MINHA falta de bem querer, com comentários ácidos, com fofocas, com ironias e com chacotas para os erros dos outros, sempre alegando dizer apenas verdades.

9. (E vamos nos descobrindo, observando que, se tem 1 dedo apontando à frente, tem 3 outros apontando para trás…)

Sem censuras para ninguém.
Apenas uma busca honesta de onde todos nós ainda precisamos nos aperfeiçoar.

50-Jesus  semeadorA Doutrina Espírita nos traz a certeza de que podemos construir nossa perfeição, na medida que fizermos como Santo Agostinho indica na questão 919 do Livro dos Espíritos: uma observação detida, minuciosa e sincera de nossas pequenas atitudes cotidianas.

Conjuguemos, assim, conselho e ação, palavra e conduta, na mesma onda de serviço renovador, compreendendo, por fim, que o bem que nos falta nem sempre é o bem que ainda não desfrutamos, mas sim o bem dos outros que, em nosso próprio benefício, nos cabe fazer.”  (Emmanuel)

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Leitura da Questão: O Céu e o Inferno (CI)
Primeira Parte – Doutrina
CAPÍTULO VII – AS PENAS FUTURAS SEGUNDO O ESPIRITISMO

CÓDIGO PENAL DA VIDA FUTURA

O Espiritismo não vem, pois, com sua autoridade privada, formular um código de fantasia; a sua lei, no que respeita ao futuro da alma, deduzida das observações do fato, pode resumir-se nos seguintes pontos:

1º — A alma ou Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que não conseguiu corrigir na vida corporal. O seu estado, feliz ou desgraçado, é inerente ao seu grau de pureza ou impureza.


4º — Em virtude da lei do progresso que dá a toda alma a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, como de despojar-se do que tem de mau, conforme o esforço e vontade próprios, temos que o futuro é aberto a todas as criaturas. Deus não repudia nenhum de seus filhos, antes recebe-os em seu seio à medida que atingem a perfeição, deixando a cada qual o mérito das suas obras.

*** Curiosidades ***

– É muito difícil colocar figuras sobre perfeição! Descobri isso nessa meditação. Não tinha uma imagem que representasse “o perfeito”. De repente, vi essa flor, o Dente de Leão, e me toquei que a perfeição está em tudo. A delicadeza das sementes, a geometria que emana dos fios, isso me mostrou que o perfeito está em toda parte, cada um com suas linhas, perfeito do jeito que é, do jeito que foi criado. Faltava-me sensibilidade!

– Não é um erro iniciar a nossa autocensura anotando as falhas do mundo. É apenas um estágio que todos nós atravessamos. O tribunal da nossa consciência só passa a funcionar corretamente depois que devidamente desperto e instruído. Ele desperta para o erro alheio e se instrui sobre o correto. Um dia, ele desperta para o nosso próprio erro e nos impele a treinar o acerto. Este é o caminho para todos nós. Sabendo disso, tenhamos compaixão com quem ainda caminha em passos anteriores ao nosso.

– A questão 919 do LE (Livro dos Espíritos), eu considero como uma das mais importantes de toda a Codificação Espírita. Tanto é assim, que a vemos claramente inserida na Parábola dos Talentos: porque fomos responsáveis no pouco, coisas maiores nos serão confiadas. Como ser responsável no pouco sem fazer um exame acurado de tudo que fizemos?

2 respostas para 50-O Bem dos Outros

  1. Ricardo Salles disse:

    Eh!Temos muito que nos trabalhar…

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