06-Conduta

* Referência: Capítulos do Livro Seara dos Médiuns – Chico Xavier/Emmanuel (FEB).
Objetivo: estudo de questões do Livro dos Médiuns (LM) de Allan Kardec.
Roteiro: Meditação – Leitura da Questão – Curiosidades.
(Meditação sobre o capítulo 06 – O Argumento)
Reunião pública de 22-01-1960

Questão no. 29 do L.M.

morteQuantas pessoas retornarão ao mundo espiritual, até o final do dia de hoje, sem a mínima noção das leis, dos fatos e das consolações que agora nos amenizam a alma ?

 Tanto remete-nos, por um instante, à oração do “Salve Rainha” quando diz: “A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas…”.

É a dor, é a tristeza, é o sofrimento de não ter se iluminado a tempo com o conhecimento dos mistérios da vida, da passagem entre os dois planos e da vida que prossegue vitoriosa, além da vida.

Ironicamente, quando abraçamos alguém que amamos, alguém mergulhado no pessimismo, alguém transido pela negação, alguém vergastado pela idéia de fim, do nada, da separação eterna, quantas não são as vezes que nossas crenças são consideradas como sintomas de loucura, como fanatismo insano?

Quantas vezes nos vimos ridicularizados por terceiros, que julgam nossas idéias sem o devido lastro de estudo ?

 E, ansiosos, buscamos réplicas à altura, buscamos fatos inusitados para lhes comprovar nossa visão, para lhes alterar o modo de pensar e de ser.

Nesse capítulo, Emmanuel uma vez mais nos convida a meditar sobre a excelência dos ensinamentos de Jesus, não apenas nas palavras, mas principalmente em sua conduta.

 Jesus deixou patente, em inúmeras oportunidades, Seu poder celeste.

Mudou a estrutura da matéria: da água para o vinho, da carne doente para a sã, do órgão morto para o vivo, da quantidade escassa para a fartura.

Controlou a intempérie, caminhou sobre líquido e encheu a rede dos pescadores.
Restaurou a vida onde os sinais da morte corpórea eram incontestes.

Limpou ferida de corpos, sanou loucura de mentes e iluminou trevas de almas obsedadas.

Mas, se a ciência divina nos provoca deslumbramento, Jesus realmente se converte em “mentor excelso da Humanidade” devido a sua conduta.

Foi a angelitude caminhando entre as dificuldades dos homens, estacionados na infância moral e intelectual.

Foi a potência celeste nos mostrando que não precisava mais do que uma roupa e amigos.

Foi o saber superior se colocando simples, em estórias e exemplos cotidianos.
Foi o magno Juiz espalhando misericórdia e dividindo a mesa com os pequeninos.
Foi o injustiçado que abençoou.

Foi o acusado que silenciou, o crucificado que pediu o perdão divino para seus algozes.
Foi o abandonado que, ao fim do terceiro dia, retornou para continuar auxiliando.

Mais poderosa que a palavra, nossa ação é mensagem de grande penetração.

Em nosso caminhar como “cartas vivas do Evangelho”, lembremos que os fenômenos são sempre passageiros e discutíveis.

Assim, nas palavras de Emmanuel, “o único argumento edificante de que dispões é o de tua própria conduta, no livro da própria vida”.

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Leitura da Questão: Livro do Médiuns (LM)
Noções preliminares
CAPÍTULO III
DO MÉTODO
(Questão 29) 29. Os meios de convencer variam extremamente, conforme os indivíduos. O que persuade a uns nada produz em outros; este se convenceu observando algumas manifestações materiais, aquele por efeito de comunicações inteligentes, o maior número pelo raciocínio. Podemos até dizer que, para a maioria dos que se não preparam pelo raciocínio, os fenômenos materiais quase nenhum peso têm. Quanto mais extraordinários são esses fenômenos, quanto mais se afastam das leis conhecidas, maior oposição encontram e isto por uma razão muito simples: é que todos somos levados naturalmente a duvidar de uma coisa que não tem sanção racional. Cada um a considera do seu ponto de vista e a explica a seu modo: o materialista a atribui a uma causa puramente física ou a embuste; o ignorante e o supersticioso a uma causa diabólica ou sobrenatural, ao passo que uma explicação prévia produz o efeito de destruir as idéias preconcebidas e de mostrar, senão a realidade, pelo menos a possibilidade da coisa, que, assim, é compreendida antes de ser vista. Ora, desde que se reconhece a possibilidade de um fato, três quartos da convicção estão conseguidos.

*** Curiosidades ***

– Quando no auge dos fenômenos ocorridos em entre 1750 e 1950, várias comissões universitárias e pesquisadores independentes promoveram pesquisas com os médiuns para comprovar ou desmentir os fenômenos. Por mais provas que fossem dadas, por mais que as experiências fossem controladas, os acadêmicos nunca estavam satisfeitos e sempre tinham um novo engenho para propôr e submeter aos médiuns. Kardec traz, então, uma abordagem revolucionária: ele pára de buscar comprovações e passa a ouvir o que as inteligências extracorpóreas têm a dizer para a humanidade. Daí, nasce a codificação.

– Para comprovar a idoneidade do fenômeno, visto que grande parte das sessões ocorriam ou no escuro ou na penumbra, os médiuns permitiam ser amarrados de diversas formas, com selos de cera sobre os nós das cordas. Era comum alguns virem a se machucar com a pressão das amarras. Outros simplesmente tinham mãos e pés seguros pela platéia. As mulheres permitiam passar fios de linha pela orelha, no buraco do brinco. Talco era espalhado na sala para verificar se outrem tinha caminhado por ela. Nada era suficiente. Uma médium inglesa quase veio a desencarnar e viveu o resto da vida com sequelas quando o espírito por ela materializado foi agarrado e apertado por um cético da platéia que buscava desvendar o embuste.

– As religiões que pregam o ceu ou a danação eterna, criam grande temor em seus adeptos. Divaldo Franco nos conta o caso do bispo James Pike, bispo da Igreja Anglicana de S.Francisco, EUA. Pai extremamente amoroso, cai em grande melancolia quando, em 1966, recebe a notícia de que seu filho Jim cometera suicídio com tranquilizantes, em sua luta contra a dependência química. O bispo, mortificado na idéia de que seu menino estaria condenado ao inferno eterno, deixa os EUA e retorna a Inglaterra desconsolado, questionando por que Deus permitiria tanta crueldade com um adolescente. Na Inglaterra, o espírito de seu filho produz insistentemente sinais, até que o bispo busca uma médium e recebe uma mensagem de consolação. É informado de que Jim está bem e que não cometera suicídio. Dopado, se confundira e tomara o remédio errado. O bispo teve inúmeras evidências que comprovavam a veracidade da comunicação. Fez um programa de TV sobre o ocorrido, entrevistou vários médiuns e lançou em 1968 o livro “The Other Side” (O Outro Lado), detalhando o caso. Em 1969, Pike empreende uma viagem ao deserto de Israel, onde se perde e desencarna. Comunica-se 3 dias depois através da médium Ena Twig, informando onde encontrava-se seu corpo, até então desaparecido. O corpo foi encontrado conforme comunicado.

– Humberto de Campos nos conta que, ao desencarnar um amigo protestante muito estimado, este gerou grande preocupação em todos que o aguardavam no plano espiritual, visto que ele não se afastava dos despojos no caixão. Alguém então lembrou que, pela convicção protestante, ele ficaria adormecido até que fosse tocada a trombeta de Josafá, anunciando o Juízo Final. O que fazer ? Alguém trouxe a solução: toquemos uma trombeta ! Arranjaram uma trombeta e, ao tocar, conseguiram retirar o amigo daquela situação, no mínimo, desconcertante. Pergunto: quantos outros estarão vivendo esta situação ?

17 respostas para 06-Conduta

  1. Claudie (Di) disse:

    Realmente, parece que todos temos algo em comim… Não é por acaso que estamos na mesma “casa”. Os afins acabam se encontrando, de um modo ou de outro! Bjocas em todos!

  2. Marta Bastos disse:

    Oi Clô, “tava cum sodades !!!!!!!”
    Bem, vou confessar : foi o “Salve Rainha” que me levou a pensar nisso tudo também galera. Eu tenho uma “coisa” muito forte com os rituais de desencarne e faço isso com uma ligação direta à figura de Maria. É automático. Vai saber ?! Desde o meu nascimento até os 32 anos eu fui vizinha de um cemitério, lá em “SãoGonça”, e o que mexia muito comigo não era “o defunto” e sim o bater do sino nos horários dos enterros. Eu sabia dentro de mim que eu tinha que rezar. Sou assim até hoje. Sinto que faço parte dos trabalhadores dos caminhos. Aliás, atulamente, eu moro (literalmente) numa encruzilhada de 4 pontas. Aff! Não dá pra negar, faço parte da coisa…..rsrsrs. Acho que quando nós somos ajudados nos caminhos da vida, passamos a querer a ajudar também. Quero continuar assim.

    Deixo para Shi algo que eu li num cartaz:
    “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz” – Madre Tereza de Calcutá

    Então, mãos a obra galera!!!!!!!!!!!!!!!!!
    O ruim vai ser esperar até a próxima quarta ……..rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs!!!!!!!!!!!!!
    Abraços Marta

  3. Claudie (Di) disse:

    Uma das coisas que mais me tocou nesse tópico, foi a idéia de tantas pessoas sofrendo seus “próprios infernos”… Já li muitos livros que falam sobre as penas e sofrimentos que parecem eternos, pois para quem está passando por um período assim, parece que nunca vai acabar. Para nós, que já temos a benção de crer e aceitar na existência da vida do espírito, vem o começo da compreensão, do entendimento que, após sucessivos tropeços nas mesmas pedras, nos mostra que apenas nós somos responsáveis pela dor de nossa “topadas”, e como somos capazes de aprender a guiar nossa caminhada a ponto de escolhermos o melhor caminho e não mais tropeçar nas mesmas pedras…
    Ainda assim, como Martinha falou, nós tb cultivamos nossos infernos “desde priscas eras”, e mesmo com a compreensão intelectiva, as baratas ainda podem surgir para nos amedrontar.
    Entretanto, para aqueles espíritos céticos, ainda tão distantes da consciência de que a vida continua depois das fronteiras da morte, esses ainda sofrem mais, pois não tem o consolo do saber para orientar…. Quem de nós já não teve oportunidade de ver um amigo, ou parente em profundo desespero ante a separação de um ente querido, e a impotência de não conseguirmos levar conforto à pessoa, pois para ela o nada é o absoluto? Até mesmo lendo relatos de espíritos sofredores (Céu e Inferno), já bate uma angústia por perceber quão maior é o sofrimento deles, por total desconhecimento e despreparo (de qualquer fé religiosa) para os amparar? Quando vemos esses extremos de dor, só nos cabe rezar e pedir que a misericórdia do Pai se materialize para o sofredor em forma de compreensão e aceitação. mas podemos fazer nossa parte, contando “historinhas” da vida espi9ritual, fazendo observações e referências a acontecimentos do nosso dia a dia, incutindo naqueles que nos cercam, sem violentar suas crenças, a vontade de conhecer mais e falar sobre fatos que para muitos são tabus, e irmos tentando trazer mais paz para o coração de cada um.
    Ufa! Cansei. Falei muito! Mas apesar de saber que o esclarecimento e a evolução chega para todos, ainda sinto muita angústia por ver o sofrimento de outros….
    Bjocas prá todos e procê, amor!

    • inacioqueiroz disse:

      Mozinho, adorei seu comentário. Vc fez um apanhado do texto inteiro.
      Emmanuel focou na idéia de que o maior argumento que temos é a nossa conduta, acima das palavras.
      Então, eu fiz uma introdução pensando nos que partem daqui sem ter ouvido argumento algum.
      Caraca, a introdução chamou mais atenção do que o restante do texto !!!
      Será que é devido ao drama de Teresópolis ? Não sei.
      Obrigado, lindo buguzinho flor do campo !!
      Beijos ….

      • Claudie (Di) disse:

        Não acredito que tenha a ver com a tragédia das chuvas, mas muito mais com as lembranças inconscienyes dos sofrimentos experimentados por nós mesmos em nossos sucessivos desencarnes… Sabe, é que nem o bebê que toma um choque na tomada, e depois fica com medo de chegar perto pq lembra que sentiu uma grande dor. É mais fácil guardar uma recordação dolorosa do que uma feliz. Por isso acho que a introdução tocou mais fundo… E foi a alusão (dentro do contexto) do trecho da Salve Rainha que me emocionou.
        Bjinho,amor.

      • inacioqueiroz disse:

        É, eu menosprezei o efeito do “Salve Rainha”. Vc observou muito bem. Obrigado, lindo amorzinho flor do campo. Beijos ….

  4. Shirley disse:

    Inácio, tenho um dever de casa pra vc. Agora que vc citou todas as principais desgraças que ainda se vêem em nosso mundo, te convido a fazer o contrário e postar aqui todas as benesses que temos neste nosso planetinha azul. Que tal? 🙂 Pra ajudar: o trabalho de madre Teresa, os milhares que estão doando coisas pra quem perdeu tudo na Serra do Rio, os devotados Medicos sem Fronteiras. Continua aí, vai… 😉

    Marta, sobre tudo isso, só tenho algo a dizer. Sou imensamente grata de estarmos estudando o livro Libertação e por eu ter lido e exposto o capítulo dos juízes e da indução mental. Aquilo foi uma VERDADEIRA LIBERTAÇÃO pra mim. E te juro, juro pra mim mesma, NUNCA MAIS vou deixar nenhum ser, encarnado ou desencarnado, me levar a crer que sou culpada de coisa algumaaaaaaaaaaaaa. Pq se o meu mestre que é Jesus me estendeu a mão, quem sou euzinha pra não aceitar a compaixão né, não? Aff… saravá, custei mas consegui. Tem uma passagem no Evangelho q SEMPRE me tocou. Acho que agora entendi o porque: “Vós sois o sal da Terra e a luz do mundo, não se coloca a luz debaixo do alqueire, mas no lugar mais alto da sala, pra que todos que nela entrem possam ver a luz.” Então, amiguinhos, se Ele me diz que é assim, eu acredito MESMO. rs Bjs a todos e mais otimismo ao mundo, é meu sincero desejo. Saravá!

    • inacioqueiroz disse:

      Legal: Médicos sem Fronteira, ONU, SUIPA e SONIPA, Casas Ronald McDonald, Hospital do Fogo Selvagem, INCA, Leprosários (inúmeros), Centros Espíritas / Espiritualistas por todo o mundo, CEU, GEPA, SEF, Mansão do Caminho, Cavaleiros da Luz, Remanso Fraterno, as Pastorais Católicas, os missionários Mórmons, os missionários evangélicos, Testemunhas de Jeová, movimento Você e a Paz, movimento Sorria, CVV, Samaritanos Internacionais, AA, NA, ALANON, NARANON, MADA, Chocólotras Anônimos, Jogadores Compulsivos, Amigas do Peito, AVAAZ, Fundação pela Vida Selvagem WWF, GreenPeace, Fundação Chico Mendes, Nosso Lar, Grande Coração, Alvorada Nova, Casa Transitória, Aruanda … são muitos !! Nossa ! Vivam os trabalhadores do bem. Afinal, nenhuma ovelha se perderá na eternidade. Beijos …

  5. Marta Bastos disse:

    Adorei a história do peixinho, e é isso mesmo. Se ampliarmos isso, remete a história da nossa vinda para este planetinha. Para alguns seres “aqui’ (Terra) é o umbral e, para nós, este lugar é o paraíso …rsrsrsrsrs!!!!! Ainda precisamos estar aqui para drenarmos “algumas coisinhas”……
    Continuando a nossa conversa sobre o carma, eu sinto em muitas pessoas que essa idéia entra como uma dívida, e asssim sendo, nunca é bom você viver atormentado por dívidas não é mesmo? Sua vida vira um “umbral” ….rsrsrsrs! Se pudéssemos inverter o “valor psicológico” disso, acho que nos entregaríamos ao “recomeço”, como diz Emmanuel, com mais liberdade. Poderíamos aprender a trabalhar o sentido de responsabilidade. Acho que nós somos muito fraquinhos nesse conceito. Ou medrosos, não sei . Confundimos responsabilidade com culpa, remorso e com severidade.
    As vezes, bate lá na casa (CEU) uns médiuns que dizem que trabalham com determinadas entidades por carma, ou que recebem os pretos velhos por dívidas do passado………..Aiiiiiiiii isso me dá um nervoso…., por que se fosse EU o espírito desencarnado eu não gostaria de ser chamado de “dívida”, vixe! E nem de carma ..rsrsrsrs!!!!!!!!!
    Adorei o papo. Beijos na Clô. Abraços Marta

    • inacioqueiroz disse:

      Essa estória do peixinho é muito usada no CVV para exemplificar a chamada “não diretividade” de Carl Rogers. Na visão dele, cada pessoa dispõe das soluções de sua própria vida, mas pode ficar emocionalmente paralisada por questões diversas. O melhor auxílio não é lhe dar nossas soluções, mas ajuda-la na paralisia emocional. E conversar é um dos caminhos.
      Sobre karma, hoje em dia já tem gente que xinga o outro dizendo: “Vc é um karma na minha vida !”. Credo !!
      Adorei também ! Bjs …

  6. Marta Bastos disse:

    Olá amigos, venho somar com vocês.
    Essa coisa de desencarne coletivo e umbral me assusta, e muito, porque sinto que não tenho boas lembranças disso. Me lembrei das baratas da Clô …rsrsrsrs. Dizem os especialistas no assunto que as condições mentais em que vivemos e que desencarnamos nos coloca num plano semelhante e as vezes ficamos perdidos no turbilhão da coisa. Como você diz Inácio “a seara é grande”…. mas tem “gente” que se aproveita disso. A raiva, a vingança, o ódio, o desencantamento pela vida, o desespero….como sentimos tudo isso ainda, penso que ao longo de muitas eras, sofremos uma grande indução mental (com a ajuda de grandes magos mentais – vide o livro Libertação) para que nós acreditássemos no inferno, nos
    auto-condenássemos e, a partir daí, vivêssemos na inércia da culpa. Segundo o livro, a energia mental é uma grande fonte de alimento e, para manter esse “hortifruti”mental dos infantes (nós), existe grandes movimentos para que continuemos na ignorância. Assim fica fácil, com a nossa mente adestrada e o sentimento de culpa, nos direcionamos para os nossos umbrais mentais (e reais) após o desencarne. Como diz o Jovino “somos vítimas de nós mesmos porque somos o nosso próprio algoz…”. A desvalorização do que somos e do que caminhamos também ajuda e muito. Eu só sei que me resgataram dessa maluquice mental e estou sendo tratada até hoje …rsrsrs. Amém! A vivência espírita também é muito rígida, penso eu. A idéia de carma é muitas vezes mais pesada que o próprio inferno e é passada por alguns doutrinadores como algo punitivo e cobrador. Não gosto disso não…. O que vocês acham ?
    Só sei que, assim como tem aqueles que nos querem ignorantes, existem aqueles que nos amam e nos alimentam com boas novas. Segundo um livro de Divaldo (esqueci o nome rsrsrs) Jesus foi em busca de Judas nos corredores umbralinos, não o tirou de lá, apenas cuidou dele e o fez adormecer. Acho que quem recolhe Judas, anos depois, é Maria. E Judas, assim como já mencionei em outro encontro aqui, era um homem formidável e fascinante. Assim como nós … rsrsrs.
    Que bom que temos mentores e amigos ………..!!!!!!!!!!!!! 🙂
    Abraços Marta

    • inacioqueiroz disse:

      Oi Martinha !
      “Hortifruti mental” foi 10 ! Rsrsrsrs. E é verdadeiro. Tem pensamento para todos os gostos.
      Essa colocação do karma como punitivo e cobrador, isso remonta a Lei Mosaica do “olho por olho, dente por dente”. Jesus, que não veio para negar a Lei, reforça e renova com a idéia do “quem vive pela espada, morre pela espada”. Mas adiciona a idéia da vivência, da gente estar construindo ao longo de toda uma vida, como será nosso final.
      E aí entra aquela fabulosa frase de Emmanuel: “Ninguém pode retornar e fazer um novo começo, mas todos podem recomeçar e fazer um novo final”. ISSO É LINDO ! Todos nós, por mais errados que possamos estar, temos chance de recomeçar. Vai ter pedras pelo caminho ? Vai sim! Eu não tenho como me livrar de vícios seculares num estalar de dedos. Vou receber ainda a “maresia” e muitas ondas de tudo que fui. Mas tenho chance sim e só depende de mim, do meu esforço, o quão alto irei chegar dessa vez.
      Tem autores que defendem que o karma é sempre bom ! Seria a lei de atração nos revelando, perante nosso esquecimento do “pretérito imperfeito”, o tipo de defeito que ainda carregamos. Fica difícil essa compreensão para quem nunca estudou e entra no CEU desesperado porque está morrendo, porque perdeu alguém importante, porque etc… Mas acho que NÓS já temos paz interior suficiente para ouvir dizer que “o karma é sempre bom !” e concordar, mesmo quando isso significa lidar com a irmã dor. De fato, ninguém quer a dor para si. Mas se isso significar limpeza, melhoria, purificação, eu pessoalmente ainda prefiro outros caminhos (rsrsrs), mas buscarei compreender quando for a minha vez (Avê !! Palavras dificeis !! Minha comunidade orgânica aqui está se revirando revoltada com a idéia !!).
      Um coisa é certa: existe o aprendizado racional e o emocional na construção da chamada MORAL, da sabedoria. No primeiro, estamos aqui ralando, trabalhando. Mas este segundo, somente certas vivências e muito recondicionamento são capazes de fazer.
      Sobre esse lance de Judas, não sei quem me disse que o chamado umbral é uma benção do alto para ajudar a drenar as energias mais deletérias de quem está ainda muito conturbado. Ou seja, deixar Judas lá, foi um ato de amor. Do contrário, seria como retirar um peixinho da água fria e colocá-lo numa cama quentinha frente a uma lareira. Matamos o pobre peixinho julgando saber o melhor para ele. “Nós sabe tudo !”.
      Beijocas !!!!

  7. Shirley disse:

    Sabe, amigo Inácio, confesso um incômodo que sinto quando ouço tanta gente falando que tantos vão pro umbral, ou pra qq outro lugar ruim. Eu não sei, posso estar enganada ou sendo orgulhosa, mas eu acho do fundo do meu coração, que não vou não…rs E assim como eu, muita gente eu tb acho que não vai. Sabe pq? uma vez, recebi uma carta via psicografia e o amigo disse que embora eu me achasse uma porcaria naquela época, eu já tinha “caminhado mil léguas em direção ao Pai Amor”. Daí, depois disso eu fiquei foi é besta…rs Agora, eu acho que tem tanta gente que já caminhou mais de mil léguas na direção de deus. Tanta gente ajudando, sendo fraterno, solidário, como eu, vc ou tantos que conhecemos. Mesmo que tenhamos nossos defeitos, somos trabalhadores né? E os trabalhadores terão sua vaga pra continuar trabalhando, acredito muito nisso. Então, convido a todos a não verem Jesus, citado no texto acima, como um ser distante e tão longe da gente. Não, não é. Definitivamente não é. Com todos os meus defeitos me sinto tão perto Dele! E se ele mesmo escolheu discípulos tão falhos e fizeram as belezas que fizeram, nós podemos fazer tb, quiçá até mais, como Ele mesmo disse. Então, chega de nos botarmos pra baixo. Vamos lá. Vamos em frente sem nos fazermos menores do que já somos, por aquisição própria. Bjs a todos.

    • inacioqueiroz disse:

      Muito legal. O próprio Jesus nos convida a sermos perfeitos assim como nosso Pai que está nos céus. Ou seja, ele mesmo não se coloca como o modelo perfeito, mas ainda é o mais próximo que temos da perfeição. Na verdade, temos que considerar que já tem 2 mil e 11 anos entre a passagem de Jesus e o dia de hoje. Se nesse tempo todo já não tivessemos caminhado alguma coisa, seríamos enregelados. Ainda assim, se observarmos a questão das opressão das mulheres e crianças nos países Islâmicos, o comércio humano no leste europeu, as lutas raciais genocidas africanas, as lutas religiosas em Israel e palestina, o trabalho escravo aqui no Brasil (que tem MUITO ainda), o envenenamento da natureza pelas grandes indústrias, a pesca japonesa da baleia, a exploração humana chinesa, e tantos outros, não parece as vezes que nós vivemos em outro mundo ? Ou seja, eu não acredito também que vc, Shirley, irá padecer no umbral. Mas quantos destes que eu citei irão para o mundo espiritual em péssimas condições, incientes e inconscientes ? A seara é MUITO GRANDE. Beijos.

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